Iemanjá, Yemonja....


Iemanjá (no yoruba Yèyé omo ejá; Yemọjá na Nigéria, Yemaya em Cuba, ou ainda Yemanjá ou Yemonjá no Brasil; é o orixá africano do povo Egbá divindade das águas doces e salgadas, seu culto principal situava-se em Abeokuta no rio Ògùn. É também conhecida no Brasil pelos epítetos Iyá Ori, Mãe d'água, Rainha do Mar, Sereia, Inaê, Aiucá, ou Maria princesa do Aioká, sendo reverenciada noCandomblé, Santeria, Umbanda, Xangô do Recife, Batuque, Xambá, Culto Tradicional de Ifá, Regla de Ocha, Omolokô, Terecô, Vodu haitiano e Vodu da Luisiana. É conhecida popularmente como Dona Janaínaem especial na Umbanda.[8] É identificada no jogo do merindilogun pelos odus ejibe e ossá.[9] É representado no candomblé através do assentamento sagrado denominado igba yemanja. Manifesta-se em iniciados em seus mistérios (eleguns) através de possessão ou transe, ato em que os orixas nas palavras de R. S. Barbara: "(...)vem para dançar e mostrar os seus poderes, representando em gestos suas ações míticas".

Na mitologia yoruba é filha de Olokun soberana dos mares. Em Cuba Iemanjá confunde-se com o culto de Olokun ao ponto de serem postas, em algumas ocasiões, como duas manifestações do mesmo princípio compartilhando atributos mas ambivalentes em arquétipo conforme registrado por L. Cabrera, lhe sendo associado um papel primordial na criação.[11] É devido a estreita relação a Olokun juntamente a perda do culto à esta no processo de diáspora africana[nb 1] o motivo para a associação de Iemanjá aos mares no novo mundo. Principalmente no Brasil e em Cuba seu culto passou por novas reinterpretações, também consolidou-se a atribuição de Mãe de todos os Orixás e consequentemente seu papel na gênese da vida.[11] [12] [13] Iemanjá, nas palavras de D. M. Zenicola, "representa o poder progenitor feminino; é ela que nos faz nascer, divindade que é maternidade universal, a Mãe do Mundo".

No Brasil desenvolveu profunda influência na cultura popular, música e literatura, adquirindo no processo de consolidação da cultura brasileira cada vez mais aspectos sincréticos às influências étnicas do novo mundo, ou que neste se encontraram, se tornando personagem mítico mais ilustrativamente brasileiro do que ancestral africano, conforme pode ser observado através de sua representação por diversos intelectuais, artistas e ofolclore dos populares que em sua imagem reuniram as "três raças". Figura na Dona Janaína uma personalidade a parte, sedutora, sereia dos mares nordestinos, com cultos populares simbólicos que muitas vezes não expressam necessariamente uma liturgia real, esta última ainda conservada rigorosamente pelos cultos afro-brasileiros. Nessa visão, segundo Bernardo, “(...)é mãe e esposa. Ela ama os homens do mar e os protege. Mas quando os deseja, ela os mata e torna-os seus esposos no fundo do mar”.

É homenageada pela umbanda no dia 8 de dezembro, junto com Oxun e pelo candomblé no dia 2 de fevereiro, quando milhares de pessoas levam presentes e oferendas nas praias e rios, por todo o País.
Yemanja é considerada o orixá mais popular do Brasil e Cuba festejado com festas públicas e sendo admirada por pessoas de outras religiões, que esperam o dia 31 de dezembro, para lotar as praias e pular 7 ondas, pedindo prosperidade.


Balaio e adimu para Yemonja.

Uma comida para Yemanjá que todos gostam de fazer é o Dibô, uma comida muito querida pela mãe dos Orixás, na nação do candomblé normalmente não se falta na mesa de uma yemanjá ou bori, feitura, etc. Ela é simples de fazer esta Oferenda, contudo, deve-se lembrar dos requisitos básicos para cozinhar para um orixá qualquer. Estar de corpo limpo (antes e durante), roupas claras, não brigar, xingar, falar alto, ou qualquer coisa que posso ferir o Santo de alguma forma.
Também deve- se acender uma vela branca junto a uma guartinha de louça ou copo com água. Você pode colocar, depois de pronta, em cima da canjica refogada uma rosa branca. Caso ofereça em casa, coloque em algum lugar alto (normalmente cozinha), se você for oferecer na rua poderá colocar a oferenda, em um campo, jardim com arvores frondozas, beira de um rio de água limpa, corredeira de uma cachoeira (já praticamente um riacho). então vamos como se preparar comida (adimu) para o Orixá Yemanjá.
EGBÒ -Canjica branca

Canjica branca cozida, leite de coco. Colocar a canjica em tigela de louça branca, despejando mel por cima, e uvas brancas, se desejar.

Ejá (peixe)
Peixe vermelho para as yemanjas guerreiras e pescada branca para as demais.
Material necessário: Peixe fresco, descamado e desvicerado, azeite doce, camarão seco socado, cebola ralada.
Maneira de Fazer:
Assa-se o peixe em forma forrada com folha de bananeira, temperado com uma pasta feita com azeite doce, camarão seco socado e cebola ralada.
NO DJEDJE: Servimos o EJÁ coberto, até o meio com EGBOIYÁ para Ogunté.

MANJAR COM PEIXE
250g. de creme de arroz + 1 pescada inteira + azeite de oliva
Faça um mingau duro com o creme de arroz e água e uma pitada de sal. Limpe a pescada e asse-a na oliva. Coloque o mingau numa travessa de louça deixe esfriar e coloque a pescada assada sobre o manjar, regue com oliva.

MANJAR DE ARROZ OU ARROZ DE LEITE
2 xicaras de arroz + 1/2 litro de leite de coco + 1/2 litro de leite de gado, 1/2 xicara de açúcar cristal e 1 pitada de sal.
Tempere os leites e despeje o arroz lavado. Deixe cozinhar mechendo sempre. retire do fogo ainda umido e despeje em uma tigela de louça, untada com oleo doce. Depois de frio vire em um prato e enfeite a seu gosto.Canjica bem cozida + camarão seco + azeite doce + 1 cebola pequena ralada.
Coloque a canjica numa vasilha de louça branca e reserve. Refogue o camarão no azeite com a cebola ralada. Coloque o refogado por cima da canjica sem misturar.
DIBÓ
Material Necessário: Canjica Cozida, Azeite Doce, Camarão Seco Socado, Cebola Ralada.
Maneira de Fazer:
Cozinha-se a canjica, refoga-se com azeite doce, camarão seco socado e cebola ralada.
Observação 1: De preferência, lave a canjica e deixe-a de molho na água um dia anterior ao preparo do Dibò.
Observação 2: A diferença entre o Dibò e o Eboyá é que o primeiro refoga-se com azeite doce e o segundo com azeite de dende.
Dicas: Para dar mais gosto de camarão a canjica – Ao descascar os camarões frescos, reserve a casca sem a cabeça e passe-as no liquidificador ou na centrífuga com um pouco de água. Peneire a casca triturada, e com esse caldo do camarão deixe a canjica de molho, dentro da geladeira, um dia anterior ao preparo do Ebôya.
O sabor do prato fica outro, pode apostar!!!
Cuscuz de Yemanjá

1 – INGREDIENTES
- 1 cebola grande picada
- Camarão seco moido
- Azeite de oliva
- 1½ xícara de farinha de milho branca em flocos
Para Decorar
- 1 ovo cozido em rodelas (opcional).
2 – MODO DE PREPARO
- Refogar a cebola e o camarão no azeite de oliva;
- Acrescentar 3 copos grandes de água e levar a fervura;
- Misturar bem e acrescentar lentamente 1½ xicara de farinha de milho em flocos;
- Mexer bem sem parar até soltar da panela;
- Untar uma tigela com azeite de oliva;
- No fundo e nas laterais da forma espalhar os ingredientes da decoração;
- Transferir a massa do cuscuz para a forma já untada e decorada, pressionando para compactar a massa;
Deixe esfriar e desenformar.
MANJAR DE ARROZ

1 – INGREDIENTES
- 2 colheres sopa de farinha de arroz
- ½ xícara de leite de coco
- 1 xícara de leite
- ¼ de xícara de açúcar
2 – MODO DE PREPARO
- Dissolver a FARINHA DE ARROZ no leite frio;
- Juntar os outros ingredientes e levar ao fogo, mexendo até engrossar;
- Transfira para uma fôrma de pudim molhada;
Deixe esfriar e desenforme.



FRUTAS PARA YEMANJA.
ENFEITE O BALAIO COM FLORES E FITAS AZUL CLARO, VRDE ÁGUA E BRANCAS.









